História de personagens

Jord, um elfo, nasceu, cresceu e viveu toda sua infância e adolescência em uma pequena fazenda próxima a cidade de Alfárcanum (uma cidade que segue um regime monárquico comandado por linhagens de poderosos conjuradores), também conhecida como a cidade dos Elfos.
Filho de ambos os pais elfos (God Jord, e Lille Gudinge) logo cedo conheceu as dificuldades da vida. Seu pai contraiu uma doença grave e até então desconhecida, o que tornou o trabalho no campo cada vez mais difícil, sendo que algum tempo depois deste ocorrido, um alto sacerdote (conjurador-mor da cidade Alfárcanum) prestou uma visita em sua casa com o intuito/promessa de tratar de seu pai.

Após isto, alguns dias depois, sem aviso e motivo aparente, sua mãe Lille os deixara e resolve desposar-se com o
alto sacerdote.

O impacto foi muito grande, ainda novo uma grande responsabilidade e sentimento de revolta tomaram conta de Jord, que resolve tomar as rédeas da plantação da família. Assim, Jord segue todos os anos de sua infância e adolescência no pesado trabalho da agricultura, seu corpo cresce vigoroso (mais do que o normal para um elfo), e ele aprende a respeitar a terra e retirar da natureza (da terra) tudo aquilo que precisa, sua crença nas pessoas diminui, e consequentemente diminuem também seus poderes arcanos natos (descobertos pela mãe, quando ainda bem pequeno) , que logo vão se esvaindo.
Mas assim como Jord, a cidade próxima à sua fazenda evoluiu, e se expandiu com o passar dos anos, principalmente no quesito que diz respeito à ascensão da magia, que possibilitou a fabricação de seus próprios alimentos de forma mágica, o que começou a mudar o rumo das coisas.

Os impostos não paravam de chegar, e Jord tinha que trabalhar cada vez mais para ganhar cada vez menos, cansado de presenciar a vida do filho cheia de angustia, e sabendo que sua vida talvez estivesse no final, seu pai resolve realizar um ultimo ato paterno antes de falecer, e vende a fazenda onde viviam e sempre viveram assim libertando seu filho das responsabilidades de uma terra tão sofrida; e em pouco tempo depois, vem a falecer.

Aquilo foi a ultima gota, primeiro a doença misteriosa, depois a traição de sua mãe, os constantes desgostos que o Arcanismo trouxe à sua vida, e agora isto. Sua personalidade que já não era das melhores, ficou pior ainda, um elfo que não respeita as mulheres, não confia em conjuradores e prefere resolver as coisas na briga do que na conversa, pois foi o que a vida o havia lhe ensinado.

Enfim, Jord abandona este nome cujo o sobrenome de sua mãe havia sujado, e adota o nome de Sonaf God Jord, e parte para trilhar seu próprio caminho, com a esperança de um dia encontrar a cura para a doença que foi o estopim para todos estes acontecimentos de sua vida...


Prelúdio:

Quatro Anos Depois:

Finalmente Sonaf chegara a Carpese, uma cidade pacata, onde as pessoas são simples, a fauna e flora abundantes e as magias passam longe de possuir alguma influência muito grande, igualzinho os mercantes viajantes o haviam descrito, e do jeitinho que ele gostava. Logo, ficou sabendo da construção de um muro de proteção em volta da cidade (quais motivos ele ficava até confuso, pois não parecia ser uma cidade que se envolvia em combates), mas mesmo assim resolveu se candidatar para o cargo.

Algum tempo se passou Jord já estava em meio à construção do Muro junto aos demais pedreiros, sua função era de esmagar as pedras com o auxilio de um invejável martelo, assim tornando-as menores e possibilitando a criação de uma massa/liga para fixar as demais pedras no muro. Cansado da vida de aventureiro, e já começando a gostar da vida e das pessoas simples deste lugar, resolveu fixar-se por lá.

Após algum tempo, escutou rumores de que uma peste começava a se espalhar pela cidade, porém não deu ouvidos, faltava pouco para seu trabalho terminar e recomeçar sua vida neste lugar com o dinheiro que iria receber, acordou cedo e foi logo para o trabalho apressar as coisa antes mesmo que os outros homens chegassem. Porém, mais uma vez um infeliz descuido do destino, uma grande pedra rolou do topo da “muralha” e acertou sua cabeça em cheio, caiu desmaiado sem pestanejo.

Três dias depois, Sonaf acordou no Clericato da cidade, ainda meio confuso, e sem saber como foi parar lá. Fitou seus olhos no que parecia ser um Orc com um cachimbo na boca o sacudindo e perguntando se lembrava seu nome. Sonaf conseguiu dizer apenas:
- Esta muito escuro aqui.
E o Orc lhe respondeu:
-Acredite filho... Este é o menor de nossos problemas...